Um contratempo
Explodiu em meu rosto
Um vulcão dentro
Jorra sua lava
O espelho me mostra
O “Isso”
Que já não consigo escapar
Um buraco de angústia
Ela que me persegue
Ela que eu não queria ver
Ela que eu não queria saber
Ela que agora
Escancara-se a mim
A outros olhos
Que me olham nela
A expurgo ou permito que saia em seu tempo?
Decido tocá-la
Faço força
Para que saia do meu olhar
A encaro tete à tete
Ela não sucumbe à pressão
Cresce maior
Percebo que ali algo persiste
Algo logo ali
Contém o mundo
Que sinto
Eu sinto
Por me sentir assim
Tudo sente aqui
Latente
Um quase tudo que não impele
Hoje em dia ela dá
Dá as caras
E se mostra
Para fora
Por
Um contratempo
Que anda
Explodindo
O meu corpo
Nenhum comentário:
Postar um comentário