quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Ontologia da ação

Uma ação coisa. Uma ação lábio. Uma ação intervenção. Uma ação caminho. Uma ação encontro. Uma ação lágrima. Uma ação olhar. Uma ação carta. Uma ação escuta. Uma ação corte. Uma ação soco. Uma ação sensibilidade. Uma ação nuvem. Uma ação queda d'água. Uma ação sexo. Uma ação ócio. Uma ação pássaro. Uma ação espinho. Uma ação pedra. Uma ação margem. Uma ação parapeito. Uma ação voar. Uma ação pessoa. Uma ação transbordamento. Uma ação caos. Uma ação paixão. Uma ação bifurcação. Uma ação detalhe. Uma ação vermelho. Uma ação escapa. Uma ação terceiro. Uma palavra ação. Uma palavra corpo. Um ação combustível: é o corpo da filosofia.

sábado, 23 de dezembro de 2017

DE LANÇAR É O VIVER

A correnteza corre sobre minha cabeça
Eu transito pela areia
Pedras me machucam o corpo
As atiro sobre o rio que corre
Como quem aposta 
Que no lançamento
Cada qual
Encontra seu destino

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Olhos de Lince

O presente não me comove
Não há dobra
Tudo plana as superfícies
Não há gozo
Sequer desejo
Piso sob ovos intangíveis
A razão que move esses Homens
As utopias que bebem os Deuses
Não me transbordam
Urjo o inaugurável
Quero masserado
Sob meu seio
Qualquer coisa de ópio
Desse insistente presente
Humanos não se sentem
Para o que me toca - ainda não há sinfonia -
Meus instintos saem pela boca
Uma animal
Entre o que fui
E o que sou
Há uma poesia movediça
Sou eu
Uma mulher do Futuro


sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Somos todos Erro

Cheguei,
É pra ligar o sinal vermelho
Sou mulher
Trago sangue

Finquei,
Germine  as vísceras
Sou mulher
É d'aterrar meus ritos

Mudei,
Nade em meu rio
Sou mulher
Renovo ciclos

Deixei,
Um ponto de chegada
Pra um eu partir
O gênero
Não importa







AMPLITUDES

Convive em mim a poeta
Tece as sensibilidades
Da rotina
Comendo a dureza do existir

Convive em mim a artista
Representa as alteridades
Da cidade
Criando transições do sobreviver

Convive em mim a filósofa
Insubordinada as machetes
Da vida
Dialoga com vírgulas, lacunas e interrogações
Expandindo a visão da tradição

Convive em mim a psicóloga
Curiosa com o que está atrás
Da cortina
Busca os detalhes anônimos
Ao invés, das generalizações de seus sinônimos

Não mora em mim,
O que está dado







sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Mozaico

Múltiplos lados
De lâminas
Refletem os Eus
Não tem caminho seguro
Para quem é feito
De desmedidas ruas
Poesias de encontros

O plural
Esse,
Que urge espaços
Que não se encerra
Que é não todo

Que não me permite
Ser só
Uma pessoa

sábado, 21 de outubro de 2017

Transgressão

Duas mulheres
Ao se beijarem
Transgridem
O patriarcado
Ao potencializarem
Suas flores
Duas Mulheres

terça-feira, 17 de outubro de 2017

O que pode um não

Na cadeira daquele silêncio apunhalador
Ele me implorava com os olhos
E seduzia com as palavras
"É um castigo, não conosco, mas com os Deuses que deram ato a esse encontro"
- Ofereci a ele o que ele não pedia: Meu desejo recolhido
Até vê-lo secar por dentro

Como redigir a memória?
Seu rosto parecia derreter
O corpo embrulhou
Sustentei o olhar
Com minhas jabuticabas do desejo cantarolava-lhe meu sim
Minha boca profana agudizava meu não

Ele, pisoteado pelo seu ego me falou:  "Gotejo pelos seus medos"


Elementos


Ar
Fixar

Mar
Afundar

Queimar
Tardar

Aterrar
Asfixiar


Tornar

Um

Olhar




segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Tocar

Tocar o outro
Sem palavras
Sem gestos
Sem movimentos
Sem sílabas
Sem pronúncios
Sem poesias

Tocar o outro
É transbordar a presença

Tragar

Da vida
Tenho fome feroz

E da sede
Que ela tem de mim
Sou submersa

Nas nuvens encontro
A fumaça
Que eu trago a vida


Ofício

O beijo
Que você me deu
Rema mais fundo
Do que o meu

O beijo que você perdeu
Dá mais trabalho
Obra da escolha
Tocou no eu

Viés

Ás vezes
Saio da análise
Tomo o caminho 
Mais longo
Ao invés
Do mais curto

Ás vezes
Preciso de mais ruas
Pra me espaçar

Três coisas sobre ele

Daquele encontro
Duas ou três coisas
Eu diria
Uma delas
Substantivo primeiro
Seu cheiro
Ele não saberia que cheiro não se compra em perfumaria
Nem se pega por empréstimo de alguém
Cheiro é sexo
É carne que não se mastiga
É um gosto que finca na saliva
Da segunda ele não desconfia
Um deslize
Demarcar território em corpo impreciso
Ao tentar capturar
A altitude do voo
À dimensão da perda
Ele insistia em determinar
Lá pelas tantas
Eis a terceira
Me serviu uma fatia de Ato falho
Uma queda no meu olhar
O pássaro de asa amputada

Me disse: "as certezas me pescam"
E eu fiz
Uma dança
Em homenagem ao desencontro



Devir criança

Há momentos da vida
Em que nos roubam a poesia
Vamos perdendo a simplicidade

Casas grandes
Lugares sociais
Idealismos superficiais

Do destino da vida
 Só teletransportamos
Nossas crianças animais

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Despertar

As flores 
Inauguram em mim
O desejo de desabrochamento

No florescer da vida
Me admire
Me sinta
Me cheire

Não arranque minhas pétalas
Em meus espinhos
Sustento minhas malícias






BARBA

Sua voz
Provoca ruídos em meus ouvidos
Que só se atentam
Pro que a palavra esconde

Faça uma visita ao meu corpo
Quero o seu gosto
Misturado com meu cheiro

Quero sussurado 
O toque que tange
O meu grito mais desmedido

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Na tessitura do querer
Repousam meus anseios

Devaneio esse estrangeiro

Que se lança peito aberto
Pra montanha russa do viver

A ficção
Transfigura o olho que revê

O inconsciente
Repousar para além do que se vê







quarta-feira, 27 de setembro de 2017

SANGUE

A cada período fértil
Me convenço do incapturável desejo
Que há no fluxo dos acontecimentos

A MULHER É O REAL

Um batom vermelho
Remete a boca
De uma mulher

Uma mulher
Um vinho
Um olhar

O semblante de uma mulher
É como um abismo
 
Eu posso ver
Mas não posso tocar

Pássaros

O artista
Há de ser alguém alegre
Ou triste
Há de vestir-se dos extremos
Para dar oxigênio
A uma sociedade 
Que não se tornou voar

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Protesto

Engole essa língua
Que te ensinou a soletrar preconceitos
Se engasgue dessa arrogância intelectual
Disfarçada de Igualdade

Medo eu tenho dessa burguesia folclórica
Que desfila achismos 
Que se veste de vanguarda
Mas na prática 
Levanta bandeira:
 Por uma Sexualidade Binária

Eu tenho nojo de disfarces
Se apresente como é
Porque na hora que o mata a mata começar

Eu quero ver
Se é o teu corpo 
Que protestará




Gaia Guerrilha

Descolonizar os corpos
Que repousam sobre os nossos
Que pulsam nosso medo

Estupram nossos ímpetos
De tornar universal  uma coisa chamada desejo

Que a poesia selvagem
Nos salve desse binarismo
Escravo da linguagem
Que nos engaveta 
Pro massacre

Que ela possa nos servir
Como uma flecha
Que grita 
Que resiste
Que milita
Que vive

Que acerta o alvo
Da diferença





Anunciação

As palavras não tem véu
São como são
As pintamos do nosso sentido
As subtraímos na gramática
Transbordam ao tocá-las
Despida palavra,
A corpo nu
 Te inscrevo


domingo, 24 de setembro de 2017

Lacuna

Minha bolsa de expectativas
Anda cheia de faltas
A cada esquina
Desencontros me passeiam
Quero uma agenda para marcar um encontro comigo mesma
Tirar a limpo o que me toca e eu não canto
A pauta será tornar literal o indizível
Entregar ao sonoro o vívido
Fazer das palavras que me fogem uma espécie de hino

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

TELEFONE

Sua voz
Sussurra um antigo som que ecoa
No meu despertar

Um telefone sem fio
Modos diferentes de tratar
Uma linguagem em comum
Comunhão particular

Como lidar
Com o que não cabe falar
Com aquilo que é.. 
Pra já..
Com o que não pode esperar

Com o que vem alarmar
Que aquilo que contêm vida
Não pode tardar



MARÍTMO

Um barco
Um mar
Não sei se vou
Ou se fico

Uma lembrança
Um oceano
Há em mim o que permanece
Outro de mim que se aprofunda

Um eu
Um continente
Barcos de papel a flutuar
É de ancorar desejos
O mergulhar
Pra se encontrar

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Volta ao sol

O ano passa sobre mim
Eu passo sobre ele
Esse tal de Ano novo 
Não me comanda nada
Pra um eu nascer
Abro as Ancas
Gemo
Faço parir:
Uma data fecundada

É de ser

Escrevo com os punhos
Debruço-me sobre o vazio
E o imenso 
Dos verbos sentidos 
Conjugando
O que fui
Existo no imprevisível
 

Oceano

Como tornar palavra
Aquilo que escapa?
É preciso metaforizar o indizível
Qual é o destino
 Dos olhares que não se chocaram?

No paradoxo mora
A linguagem inconsciente da vida
O impróprio da existência
É o que de mais próprio podemos nos encontrar
Lançar de conchas
Sobre o mar

Tic Tac

Pelo meu coração circulam
Os ponteiros do relógio
Temporalizando sentimentos invisíveis
Tatuam em minha carne
Memórias que não tive
Mas que insistem em pulsar
Sobre aquilo
Que em mim 
Insiste

Anonimato

Eu, pseudônimo de mim, você é?
É por incidência que eu sou eu
Eu sou o acaso do que está dado
Pertenço a um mundo que me foi enraizado
Mas que não me deu mais notícias
Intrínseco martelo
 Martela-me os compassos da vida
Para que ciclo vou, se o que se interrompeu ultrapassa o meu eu?
Busco respostas em meu inconsciente
Pra sair da decrescente
Os meus tatuadores simbolizam melhor meu imaginário do que eu
Para que destino vou se eles subscrevem meu consciente com mais formas do que eu?
Entro em convulsão com o mundo
Fico aberta a consequências
Então pergunto do meu submundo à minha consciência:
Responderei minha anônima presença?

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Vir a ser

Os transformistas tem a fúria
De subverter
O que os cristaliza
A um ideal
De cunho moralista

É preciso mais
Transbordamento
No lidar com um mundo
Que tole pertencimentos


Tornar

Pra um eu nascer
Basta ócio
Se deixar vir a tona
Daquilo que desassossega
No buraco
Que nos cega

Memória

Marisa Monte
Registro íntimo
Memórias de uma meninez
Nascimento de um romance
Pessoal e anônimo
Ínfimo 
Do que repousa vívido
Intransferível

!!!

Um lugar
Não é algo que se dá
É algo que se crava
com os dentes
do desejo

Ser Com

O atravessamento
É do encontro
De almas 
Dispostas
A colocar em jogo
Sua existência

Escuta

Há dias
Que escutar o outro
Se parece como uma folha
Rasgada 
Ao meio

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

VÍSCERA

A paixão
São meus poros
Sangrando
 Poesia

Lenço

A beleza de um homem
 Existe na malícia
Os acordes de um violão
O manuseio de um livro
Compor um corpo
Tocar o que pulsa
Agarrar as vísceras
O Intangível 
De alma vadia

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

ALMA

Um verso mudo
É como um pensamento que não ousou se tornar palavra
Um sujeito não composto
Um paraíso sem maçã
Um homem sem um verso
É como um frasco de perfume
Onde a essência evaporou




LUPA


Quero crua
A saliva da vida
Que circula feito redemoinho sobre meu corpo
Quanto mais rebaixada
Mais na superfície pareço tocar
Como se habitar pelos detalhes
Fosse morar nos olhos do mundo

PASSOS

Ás vezes tropeço na calçada do outro
Aquela calçada não é minha
Um caminho a mais me parece um convite
Para desvirtuar um caminho que é o meu
Entre a calçada alheia e a calçada que me pertence
Existe um Eco
Feito da curiosidade que engrena a vida
Esse outro mora em mim
Traz correspondências de um alguém que já morreu
Quer me lembrar que coexisto no instante
Como se esquecer fosse o imperativo da vida

terça-feira, 12 de setembro de 2017


CRU

Pra ser poeta precisa viver a intensidade dos acontecimentos. Não se nasce poeta, se vive poeta. Em cada esquina a poesia está ali escondida, esperando ser encontrada. É preciso descobrir os véus, dos acasos. Na poesia mora o risco, de se descortinar do receio, sentir ela rasgar tua psicose por inteiro.

POESIA DO AMOR REAL

É dessa vida que pertencem meus mais intensos beijos. É dessa vida que o toque de dois corpos se põe em cima da mesa para serem degustados. É dessa vida a intensidade de um encontro, fictício e real, inventados cada segundo como se o terceiro da história fosse esse amor inventado. É dessa vida a poesia visual que é o seu corpo. É dessa vida o buraco do seu peito que eu insisto em repousar. É dessa vida teu cheiro misturado com o meu. É dessa vida tuas palavras caladas confundidas com meu excesso. É dessa vida tuas ações, as belas, as livres. Homem que ri com os olhos. É nessa vida que passarei escrevendo no teu corpo e no meu a poesia do encontro. Embriagada acordo no teu paladar, tem gosto de vida. Esse terceiro anarquista, esse terceiro ainda me cura, desse ímpeto maldito de querer colocar em palavras o que não tem palavra. Em ato esse terceiro incendeia o palito de fósforo que você deixou em mim.

Notícias

Recentemente tenho dado muitas notícias, envio cartas a mim mesma. Por vezes ando pelas ruas e me pergunto onde meus passos querem chegar. São tantos acontecimentos que fico inebriada neles. As vezes me sinto uma espécie de bruxa, tenho um farol dentro do meu peito que me diz que o que eu escolher dará certo. Tudo é uma questão de perspectiva. E não guardo na bolsa muitas queixas, porque a vida sabe ser muito generosa. Carrego um patuá chamado Sorte. Acaso. Conexão. Até onde quero ir? Tenho problemas em ter que escolher. Minha mãe sempre disse que não tenho limites. Ela tem razão. Isso eu deixo como tarefa da vida. Ir impondo o tempo das coisas. Eu vou no fluxo, os meus sentimentos não tem bordas, pautas, nem margens. Extrapolo qualquer demarcação. E não é que há quem se incomode? Vai entender, mente do outro é um treco estranho, sem sentido a falta de coragem que as pessoas tem para lidar com o novo, é tão mais fácil habitar o comum. O comum não me atrai, É difícil, bancar as minhas escolhas, mas as banco, tudo que opto é o mais difícil, acho que sou tentada a uma dificuldade. Saudade de um tempo. Um tempo de repouso, em que gastava mais tempo com meus pensamentos e leituras do que com o outro. Sempre gostei da solidão. Solidão e natureza se aproximam da minha história. Solidão não é esvaziamento, é encontro consigo mesmo. As coisas pra mim já nasceram invertidas. Sou filha de pais subversivos. Tenho sorte. Já nasci do ponto até onde eles chegaram. Nome não se escolhe, nome se recebe. Lugar se trilha e constrói. Tenho construído, minha narrativa, meu lugar e a possibilidade de um caminho. Sempre fui corajosa, até para quebrar a cara e começar tudo de novo. As pessoas corajosas me causam. É delas que eu gosto. Elas me arrepiam. Me excitam. Tem tempo que não me encontro com minha solidão, perdi um lugar, engraçado essa coisa de perder um lugar, os lugares são subjetivos e não físicos, mas como nasci invertida, perdi um lugar físico que levou junto o meu singular. Havia tanta coisa ali naquele solo. Eu sinto falta de acordar com o barulho da natureza e com novos baianos tocando. Sinto falta de andar descalça, de sentir cheiro de ar puro, de tomar chá de capim limão, de ver as luzes do dia em vários ângulos, de ter uma conexão com os rios como se eles conversassem comigo. Eu sinto falta, quem preencherá essa falta? Será por isso esse desejo louco e incessante de estar sempre ativa? Vai saber... Sempre fui hiperativa. Não deve ser isso. Deve ser  essa pulsão dentro de mim que precisa de intensidade. Tem horas que não quero saber de nada, nem de ninguém. As vezes é bom se esquecer dos outros e de si mesmo, só por alguns segundos. O próximo instante já se instala com demandas, as maiores demandas que tenho não são minhas. Que escolha louca essa de ser cuidador do outro. Que pretensão nos colocarmos como objeto pro cuidado do outro. É preciso ser honesto quando se banca uma escolha dessa. É preciso ser total. Vai doer, mas vai ser visceral. Escolheria novamente. Escutando o outro, crio brechas para poder escutar a forasteira que há em mim. Sigo faltando, flanando e reverberando.

VOCÊ ME LÊ?

Me sinto nua na tua presença
Como se a cada vírgula que eu desse
Você me localizasse em cada palavra

Meu corpo é uma máquina de produzir intensidade
Como capturar o desejo que me falta?
Deixe comigo esse olhar
Que descarto na primeira trepada


Uma tesoura
É isso que os homens querem
Para castrar meus ímpetos
Dessa moral derramada de seus olhos

Quer me comer
Mas o seu tamanho se compara
A pequenez de um escorpião
Deguste meus sinais
Come com os olhos
Já que não sustenta comer
Com as palavras


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Acontecimento


Bate na minha cara
Com essas palavras
Não ditas
E que eu tomo
Com sede
Monossilábica

Pintei em um quadro
Minha expressão
Diante
Da tua impressão
Não seco

Entorno
De paixão