Escrever é não escrever. E, o oposto. É estar próximo e distante, é a margem. É se colidir, e estar a deriva. É indagar sem tragar. Quem escreve chega de perto de muito longe. Faz rascunho seu próprio despertar. Quem escreve sai do branco, do que se forma sem forma, e do que ainda se conservava em branco. A gente se enche e se esvazia, se conhece e se estranha, vive em linha de fronteira entre permissão e negação. É a profundeza do simples. É também predicado, e por vezes o sujeito.
Está-se a vir..
Clara Lobo
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