Atravessou a rua que o atravessava
Em passos largos, cruzava seu passado
O céu sob a cabeça
O legado sob os pés
Sua pureza era sadia
Orquestrava melancolia;
Seu ocaso.
Mal disse os olhos uma gota
De saudade, de conhaque
Em seu ventre paria o abismo
Desse solo não pertencente
O finito não vingou
O pressagio sustentou:
Ai moram todos nossos demônios.
Lindo o poema. Tenho a impressão de algumas vezes já ter visto este ser errante por aí, no meio das madrugadas amarrotadas.
ResponderExcluirEsse ser errante, é o espírito que encarna em nossa amiga!
ResponderExcluirEm algumas noites esse espírito aflora!
E espero nessa minha amiga, apenas coisas boas aflorem!
Alguns tem sob os pés a nuvem
ResponderExcluirE sobre a cabeça o chão
Pressa é angústia
Nostalgia aprisiona
A clareza confunde
Desmascara o desinteresse
Presume
Molhar e enxergar
É olhar e encharcar
A direção conteúdo
A arte parte
Do partido o insaciado
Do prenúncio à pretensão
Nem tudo que vive tem vida
aiii.. adorei!" Em seu ventre paria o abismo
ResponderExcluirDesse solo não pertencente" . gostei desse verso em especial!! gostei muito, lembra nosso amiguinho nietzsche!!